O Arpão
O arpão
Meus dias são de mil marcas,interminável a razão e o êxtase;
Do poeta com seus compartimentos do peito enumerados,
Calados,quando, boas ou más faces ,entornam seus versos,
São indispostos,no pânico,na carne e na alma e nos olhos!
Escrevem desatinos e poesias de desatinos e versos em desalinho,
Se povoam cheios de coisas do coração,pra leitor se criar e ver
Que além da chuva lá fora,aqui dentro chove na poesia e na verso,
Represo os amores que não tive,é caminho,sempre e sempre!
Amores recolhidos,deixo na mesa de centro,pra outro poeta,
Vias que corri,e desandei,e morri de amor,pouquinho por vez,
Mais poetas vêem,e se cessa na tarde e não ousam pulsar;
Sobre ler poesia e acompanhar delas o esquife,cava-lhes aflição,
Do que o instinto ainda não possuem,sua carne,só promessa,
Dou-lhes absinto,e passeiam sem ritmo,seco o sol no fim do dia!!
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