O Arpão

O arpão

Meus dias são de mil marcas,interminável a razão e o êxtase;

Do poeta com seus compartimentos do peito enumerados,

Calados,quando, boas ou más faces ,entornam seus versos,

São indispostos,no pânico,na carne e na alma e nos olhos!

Escrevem desatinos e poesias de desatinos e versos em desalinho,

Se povoam cheios de coisas do coração,pra leitor se criar e ver

Que além da chuva lá fora,aqui dentro chove na poesia e na verso,

Represo os amores que não tive,é caminho,sempre e sempre!

Amores recolhidos,deixo na mesa de centro,pra outro poeta,

Vias que corri,e desandei,e morri de amor,pouquinho por vez,

Mais poetas vêem,e se cessa na tarde e não ousam pulsar;

Sobre ler poesia e acompanhar delas o esquife,cava-lhes aflição,

Do que o instinto ainda não possuem,sua carne,só promessa,

Dou-lhes absinto,e passeiam sem ritmo,seco o sol no fim do dia!!

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MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 22/02/2019
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