Janelas Azuis
Fechei porta de zinco com três trincos;Poeta de morro teme a semente!
De não chover poesia,e viu-se morna de flor,Morena,sorriu pro tempo,
Morava sozinha com trancas de janela de zinco,e hortinhas de alecrins ,
Mas esperava cheia do rio,colher juncos de lírios de rio,seu torpor!
Amanheceu sábado vendaval ,e arrancou porta e esperança do seu jardim;
Tomates de horta e seus jasmins viu,correr enxorrada,e se despiu e chorou!
Semana passou e lembrou dos trincos da porta que agora segurava coração,
Fez prece,implorou,e seus intrépidos andores ,partiu,choveu na romaria!!
Subiu morro e pediu cerveja ,e quiz saber do poeta e seu alecrim,e sonhos,
Barman nada falou e subverteu sem pratica de andores,bebidas que antes ,dele,
Cheirava absinto,porção de vodca,e apostas de poquer e sinuca;
Precendi,que o poeta morrera alí,contava todo dia flor de asfalto-carmim!!
Um dia parei no butiquim do poeta que pariu carmim e alí assuntava,
Qualquer coisa,e coisa toda de comumente flor parda de quintal,e era lilas,a flor,
A morte me trabalhava,faca de peito,sorri,no repouso,versos não se repartem!!
(Dedicatória ao Mestre Elígio ,e parabenizando pelo seu quarto livro)