Avenida Beira Rio
A noite foi farta e longa e pouca, e mais que tudo,foi rio,aguas rompem
O que me exaure,de ti em mim,sou corpo em ti,somos homem,nada repousa,
Na medida do sol,fui passo,como um ventre meu ,te pari,verso e pássaro!!
Agora dormes na minha cama,é tola a espécie humana,uma nódoa,uma palavra;
Na medida do rosto,teu útero me separa,abismo sei de estar lá,é denso o arado,
E outra parte me separa,e de onde vem a parte crio minha destra,és tu!!
Agora o que levo no abraço,todo o barro,e o consorte da olaria,és vaso tenro,
Nada poupo,como odre e vinho do odre, levo teus sentidos,um avesso,um porto!!