Cavalos marinhos
Vale a vida,vale a permuta,vale o contexto e o passo!
Vale o alablastro,vale o compasso inútil,vale o que é turvo verso;
Vale a chama armada, vale a lenha ofertadada,vale o cio,e o atavio!
Vale o calor,a desdita,a afiridor,vale a pele macia,vale o torpor!
Vale o pão,vale o manejo do pão,o alferes,vale o quinhão;
Vale o chão medido,o passo mais desmedido,vale o arpão;
Vale a ferida ,a proposta,vale o inefável dia,o turvo verso e o não;
Vale o que de amor de invisível o que se soma,vale o enlaço!
Vale o consorte,vale,o claustro,vale a canção em dó,
Vale a mente ,que se mostra já nua corpo fêmea,vale a prece;
Vale o assovio,vale a vida e o pavio,vale a face destemida,
Vale a estranha paz dos meus olhos ,verem,vale o vale de flor!!
Vale ser poeta, não vale,mas têm que tentar,vale o suor,
Vale o desenfreado peito, a referência e o elo
Vale a cadência e a primasia,todo anelo,vale vida;
O implodir semente em plena luz do dia,vale a face outorgada!
Vale todo o corpo,o simples enredo,o iniciar-se,o vendavel de se dar;
Toda noite é um recado dado,em meio aos meus alecrins,
Vale aquém se opor totalmente em dor;vale mais cio ,mais torpor
Vale a corrida rio abaixo,precisava só do corpo o anteposto,pro amor!!