Café Expresso
Olha o trem ,a vida já vem vindo;
Quem não faliu de amor
Faliu de versos e cantigas;
E do passo dado,faliu o compasso!
Quem não falha
Verso no infinitivo que diga a mão doada;
Imprevista é a poesia,exige permuta;
As palavras todas,sempre rotas,
Ataviadas,nuas...
Só me vou com alguns utensíios de barba
E relógio de ponteiros,tinta nanquim,e caneta-tinteiro!
Te deixo a divisão a mobília de amor
A ser dividida; Só quero escrivaninha de jacarandá;
Mas levo discos de Chico,Um Pessoa e Neruda!
Tranquei porta ,chave no vasinho de Alecrim!
Deixei perto dos pratos do jantar,bilhete em papel de pão
justificando,minha saida,tranquei janela de zinco,
E deixei cheque do aluguel a vencer,no criado mudo;
No mais só pedirei na venda da esquina
Uma xícara de café expresso!!