Camisa de linho e vinho tinto


O que nomeia e esquece o poeta sua humana condição ?!
Pratos sujos na mesa  lençóis na cama revirados;
Tem vida no barraco de zinco! Xícaras de antes, café!
Poeta sabe do que tanto esquecesse ao fazer amor?!

Da carne suada e mentiras do criado mundo...Dela!
Foto quebrada no aparador! Vinho derramado...
Se alonga nele barraco de zingo, Dela...

Já roupas desbotadas no varal, ervas secas,
nosso cio se findou por compor poesia e chuva no verso!
Meu objeto maior de amor, que têm utensílios, e sutiâs de organsas!

A sangria da noite e do absinto...vivido dela!
A cada estria e faca de gume fez do chão o compasso do soneto vil!
É dela metros de solidão...
Batom na camisa de linho, foi-se o moço, bateu porta de zinco!!


 
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 13/10/2018
Reeditado em 13/10/2018
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