Flores negras
Meu coração anoitecido,
transgride o verso,desata amor doado,
Tem suor e desalinho,o inventáro do dia.
Ó palavra,tudo me envolve,erraste porta,
nem prescrutas à poesia!Moro em telhado de zinco!
Meu bem,ainda não faças poesia
com os corpos,estou atarandado da vida,enfermo,
Algumas palavras tão fortes...eu pouco!
Na página de uma mão, apelo,
"vontade de anular a criatura'"!(C.D.A )
Tão diversas as coisas,o coração,
que permanecemos,do mesmo compasso,mesmas coisas;
Sapatos que tangem avenidas,calçadas nuas;
e desconcertam o mundo!
Eis a linguagem a pulsar,o minuto de espera
pelo rio,e sua geografia comum ,com poeta,que sou;
Tudo superior á poesia,menos quando chega o amor!!
Após o sombreado de tudo,poeta,onde esta o meu amor?!!