Inverno da alma IV
Enquanto andava
Pelo vale dás flores muchas
Fantasiando um universo de alegroia
Observando
a chegada da aurora
Sobre as asas do vento galopante
Que anunciava o inverno
Que buscava
Abrigo em minha alma
Com o pensamento nublado
E o sentimento anunviado
Que trajava o dia em luto
Entornando uma xícara de passado
Rosas negras
Sobre saiam-se
Entre as azaléias
Hortências
E violetas
Enquanto os carros
Com suas buzinas
Faziam um blues
e maracatu
em um fúnebre
cortejo
Assim se sepultava
Na memoria o poeta
Cheio de glória
Pois nessa momento
O dia trajou luto
Até o céu chorou
Quando este se calou.