Vou descer rio com canoeiro
Estou no teu corpo, ânsia de baús do peito!
Embora ainda não haja remos nas mãos,e nem
em pensamento,sinto cheiro de água de rio!
Mas se apareces dentro de mim,esqueço o espanto!
Me dôo em pernas e línguas;
fasso cheiro teu em meus lençóis
diverso num lado e noutro o mesmo!!
Pouco aceito o que é estar na vida a contento;
E contigo e sempre e aceso cio,tenho os desvios do caminho!!
Mostras,meu bem ,de novo,cartas de viagem de canoa a remo;
Pretendo partir de ti,meu amor,remar é ser constante em vida;
Há coisa de se amar,outras não,quero germinar frutos de sentido!!
Mas,querido,sou grão,pão de centeio dos grãos,quero só rio,
no meu íntimo dói apodrecer nas recâmaras todo o tempo;
Posso ser prazer,ser calor,ser sexo,bem sei, grão de nascer!!
Mas ,olha meu bem ,barulho da correnteza que chama
nascentes,já todas minhas,sei de rio;
Solidão de corpos,meus, os teus, me tatuando agora mil calores e paixão;
agora mesmo,nos lábios teus a enloquecer,meus,orgasmo!
Me abrace,meu amor,deixe que sinta tua falta de pudor ,me a sair sexo de ti!
Me abrace,me ame eternamente,quero de abraço,flor de Liz;
Tudo,é ser extinto,sejas assim sempre teu leito;
Estou-me indo,dores,pois sim,mas atracou canoa e me espera canoeiro!
Procurarei sustento meu agora,rio abaixo,um dia trago flores de juncos de rio pra dá-las a ti,soslaio me pego,apressado pra ir!
Preciso,meu bem,meu acalanto de deuses,outra forma de calor pretendo!!!