A madrugada e o Poeta
Quatro da manhã,tempo de poeta!
Tempo de colheita,misturas fel com absinto
e bebeste poeta,tua melhor parte que gerou semente!!
Nada fizeste por receber do amor,todo o cio!!
Perdeste razão da mulher-flor e emprenhaste dor?!
Mil faces tuas, era só dar calor,colheita de amor;
Nada quis pão de centeio,tu queres sei, canoa e rio!!
De acalanto da alma,todo céu te abraçará;
És apanhador de estrelas,mesmo que frias
todas as manhãs,e coração reclama baús de velhos sonetos;
Deixa a preço na varanda,poetas menores ou não
valerá a vindima,escapas-te de amores vencidos,vãos!!
Vi que mais absinto colocaste,agora com mel;
Percebes todas dores e já pensa querer remar solidão
rio abaixo,pra esquecer o torpor?Sei ouviste pio de coruja
sentiste grande cio de nascente e foz a chamar-te,canoeiro;
Nada vale dor de coração rio abaixo,mata poeta margens vazias!!
Toda invalidez de amor,não deverias tecer,manhãs são afáveis,
acredite,poeta,faz pra ti pés de romãns,hortelãs,e marcelas;
Amanhã virão pra ti,de outra horta,imensos maços de Alecrins!!!