Vinhedos parte três
Rompem as manhãs! Que chave abriram as vinhas?!
O verso se perdeu! Choveu na poesia!!
Convidei mulheres rendeiras, de sofrimentos e cura de rendas,
sou também mulher rendeira,mas tenho cio a mais,
mobílias empoeiradas que se dividiram,em taciturnos amores!!
Romperam mais tantas manhãs,e pedi ao moço,maços de Alecrim!
Genuína razão rendeira,que de vida se faz;Vazias,escuras que deviam
ter todo céu de estrelas,mas chuva na poesia de novo,calou-se!!
Mulher louca ou não,ébria,vitória -régia
sabe as trilhas,a custo o preso do alinhavo,
todas as rendas ,agora febris, lições de cio pra amar,
manhãs que se rompem ,tem prioridade do que for de vida!!
Rompem as noites,porque não?! Porque pedem chave das vinhas?!
Quem disse que coisas,fluem melhor das manhãs?!
É o declínio dos relógios,ou dos rios que trabalham?!
Não mais rompem,as manhãs,frívolas noites,moldou céu ,estrelas;
Cuidarei de ter nascido a poesia! Zelo e arte comporam onde repouso;
Rompem as manhã na vinha,e me dispo do exato e tão peculiar eterno!
Habilitados romperam,mulher rendeira que sou,metros de verso,
não reparto óraculos de poesia,nem um pouco,cederam ocasos;
Já vou meu bem aliciar estrelas,a passo, colhê-las com as mãos
em pontinha dos pés; Crava no coração todas estrelas que lhe darei!!
Rompem manhãs,quero romãs todos com os maços de Alecrim!
Quero o que me traz ,mulher até aqui,rendas e cios, e partes de sol,
trarão ocasos, tardes ou manhãs,toda minha poesia,meu pulso!
Nossa, quanto Alecrim !,Moço da canoa passou?!
Ei-la,rompem manhãs,canoa atracou de ontem,reclama margem outra,
Quem pediu chave das vinhas ,serei eterna apanhadoura de estrelas;
Vamo subir rio,que bom teres vindo;Me acalentou toda eternidade!!!