Minha pátria, minha mãe (não)tão gentil
Plantei sonhos as margens do asfalto que caminhava.
Na minha jornada não vi brados heróicos do teu hino
Desisti de sonhar como menina e vi que a pátria não mais me amava (desatino).
Sob o seio do solo, deitada eu estava, ouvindo soar pela última vez os sinos.
Esperei a gentileza da mãe do novo mundo ao vislumbrar um filho seu.
E já no meu louco apogeu e por apenas um segundo, duvidei dos bosques, das palmeiras e de um estrelado céu.
A utópica pátria dos livros de história, das poesias e cordéis empoeirados.
Já não tinha mais voz, já não se ouvia resquícios de retumbantes brados.
Apenas adormecia em seu berço esplêndido sob o cortinado de togas.
Deitada tão eternamente já deixava de ser majestosa.
Eu, filha dessa terra, que não era muito de conversa, tirei o último sonho do " bornal" .Uma foto esmacida de criança comprida que chorava ouvindo o hino nacional.