Café no bule
Homenagem a Amantino Silva
Nunca mais durmiu o sertanejo como dantes,
fumo de palha enrola enquanto ascende fogão de lenha;
E num instante cheiro bom de café no bule,
se chuva cai ,se desconjunta bananeiras e pinhais,
sertanejo,nem reclama ,dá mais um trago na cachaça de engenho!De longe olhar mais quieto,olha bem o infinito,como a decora-lo,
amor não liga se com homem habita,mais dói,corroi peito qualquer!
Alinhavos vai comprometendo sertanejo resvalido na rede de varanda,
peito sangra dentro e que pode só o amor se arrematar;
mas no movimento da rede,nunca dorme o tempo,
sertanejo vê sol se deitar no pricipício,
coisas todas nossas ou de sertão
sertanejo que disse;Todas são formadas pela mesma solidão!
bule de café se esfriou,fogão de lenha se apagou, nenhuma rede esticada
na varanda ,até madresilvas secaram,lá longe se avistou,só um
pequeno lírio e um imenso arrebol!!