A terceira e última parte do menino da canoa
Com resistência ele aceitou o rio e a chama do rio;
Se perdeu correnteza abaixo cheio de sonhos e versos;
Quando partes se deixam,corações se crescem rio,
tempo nescessário de se sair inteiro à margem;
E sem recomeço atravessa o bojo,
pretende caber-se levado,canoeiro de rio bravo!
Só se fecha ferida de menino,poesia escusa,esquecida,
perdida talvez no leito do rio!
E esta mordedura não se cura,é de seu primeiro instinto,
parte fera desse menino canoeiro,no andamento do mundo e de águas;
e sem explicação,ou asco,ou deriva,que seja,soa a canoa e sua poesia
pra cá dentro de nós!!