Não mais as manhãs


Eu não tenho cura
agrido as tardes,agrido o lagar e o vinho!
E onde a semente é estio e lúgrube,
onde há sede de plantar,será meu tempo de cavar!

E se o homem é todo espírito e carne ,corpo,
e o corpo justaposição;Ambos flutuam,
revezam-se na funda semente,ainda a cavar!

São dois então num só ato,eternos e famigerados,nus;
E da poesia casta __gerando dor e cansaço __
Que então cessem de subir as manhãs,afáveis ou não afáveis;
Rotos os meus casos  de ti,vida pra daquí a pouco dentro de nós!!
              
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 25/02/2018
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