Todo tempo!

"Todo o tempo"

Havia em meu peito

Tanto desejo

E nos olhos dela

Só via medo

Havia no ar um

certo gracejo

E no rosto dela

Até que se notará

Um certo incejo

Tinha hora

que era tanto fogo

Que virava um braseiro

E em outras pequenas faíscas

Que Nem meu cigarro ascendia

Ouvia lá da rua

Os cães que latiam

Enquanto ela se escondia

dentro de seus pensamentos

Contra isso eu não tinha

Argumento

Tinha hora que me batia

O tal do arrependimento

De esperá que ela se abri-se

E entrássemos em um entendimento

Enquanto os aviões

Voavam noite adentro

E se passavam ás horas

E a cada segundo

se complicava o momento

Aí passei a nem da bola

Ela se afastou

Pedindo um tempo

Cancei de me comunicar

Com sua sombra

E de matar saudade

Com sua ausência

Foi oque me restou

Ou ouvir me espera por favor

Na madrugada

Na presença

De sua ausência

Fui me acostumando

E o resto para trás ficou

Você pediu um momento

E agora te dou todo

O tempo!

Já sabia que tu era complicada

Me divertia em dizer

Que tu era personalizada

Uma menina levada

Você me pediu um momento

E paciência

Agora te dou todo o tempo

E minha ausência.

Por Alexandre Samambaia