Nada quero de ti
nada quero de ti
Vale os ócios
nas questões
trigueiras da dor
vale a pressa
subtraída do peito
e as iras e a cadência todas
do verso
como asa ritimada
do que termina
e cansa e desaprova
e teima com absinto
o que não tem nome
melodia
poesia
e as vezes tantas
que se quer morrer
e duramos por ser poetas
nos desgastando
justo a mobília do amor
na avenida
e das coisas humanas
só as que gastam
banindo versos
pra nunca mais!!