Que Meus Pés Sintam
Que os meus pés sintam a maciez
das relvas por onde eu possa passar,
que eu possa versejar por entre as
águas, flores e matagais, que haja
luz e paz em meu caminhar e que
eu possa me saciar na fonte dos
meus mananciais. Que eu sinta a
serenidade da aurora, em cada
novo alvorecer e que no ascender,
translúcido dessas horas emcha-se
De glória, a alma do meu ser. Que
eu sinta o sabor e a textura dos dias
e que o meu sentir seja pleno de paz
e amor, que o meu ser se plante na
essência da poesia e floresça em
alegria, tirando do mundo a dor. Que
fiquem pelas estradas os meus
fragmentos, por campos, rios e toda
as águas cristalinas. que perdure o
chiar das folhas ao vento e que entoe
no firmamento, minha voz menina.
São antos os mistérios da natureza,
por onde eu reflito a versejar, por
onde aprecio tanta beleza, ouvindo
feliz os pássaros cantar. Sublime
é a beleza natural e à ela sempre
ofertarei os meus versos,
decantando-a em sua grandeza
magistral, atribuida a ela e todo
o universo. Saudo-te, oh! Terra de
mil encantos, adentro-me às tuas
profundidades. Planto-me, em
teu seio, que vive em pranto, por
aqueles que te ferem sem piedade
Kainha Brito
Direitos Autorais Preservados