A hora patética do amor

Todas vãs as manhãs

todas mutáveis

ingratas em dias de primaveras

e seus lagares

de cotovias e pardais

a iludir questões corriqueiras

tão cotidianas como o amor!

Ah! o amor!

tolo

absurdo,abusado de si mesmo

tão etéreo

quanto seu mínimo instante

de querer sê-lo__ bem maior!

imutável poema

vendível do que se trata do amor;

Não o sabe

o amor

que já se passa em desuso

terceirizado

e nem mais se rompe em flor!?

Todas vãs as manhãs pro ingrato amor

que se perdeu de mim

e não consente volta

e nem delírio__nem mesmo ócio!?

Ah! o amor,bem me sabe tê-lo

como uma dissidente de outras artes e cores

fazendo do coração

apenas cais

pra qualquer outras doações de mim?!

Ah! o amor,não tem jeito,meu bem , cortesia do efême

MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 08/11/2017
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