Doce Ternura
Doce ternura que toca minha alma, nessa hora
Tão calma retratada no céu e mar. Hora mágica
Em que os mistérios da vida afloram e entro em
Harmonia com as vibrações do orbe e me ponho
A meditar. De olhar pousado no horizonte, e eu
Tão distante do corpo em que às vezes habito
Sinto-me eterna e profunda, retendo em mim a
Sensibilido do âmago das coisas, da vida. Eu
Estou plena, de toda originalidade, da sublime
Essência do ser, como Deus criou, em minha
Plenitude constato mais uma vez, que existo
Muito além daquilo que às vezes penso que sou
Entardeço junto ao mar e pouso silente sobre
A linha do horizonte, de onde avisto os montes,
Reverenciando o rubro céu, olho para a terra onde
Estou a passeio, meu corpo está inerte, alma e
Mente em devaneios, então permeio o espaço e
Descortino os véus. Minha alma rompe fronteiras
E voeja pelo infinito, alinhavando veredas nas
Furnas do etéreo, onde solto o meu grito. E
Vejo-me sentada, silente onde estou, a percrutar
Os mistérios envoltos no esplendor do nascer e
Por do sol, esparzindo tintas multicolor do arrebol
Sobre o céu terra e mar. Sou grata por fazer
Parte de mais um dia, que agora se finda nessa
Esfera de eterna e encantada magia
Kainha Brito
Direitos Autorais Preservados