A Margarida

Tão linda

a margarida...

Mas a D. Margarida

não achava muita graça na vida,

visto que o amor nunca lhe dera guarida,

( Solteirona, a rapariga)

então não concordava

com o simples fato

de que a margarida era linda.

Mas a margarida era linda...

A moça

Displicente à vida

não usava saias compridas,

(era atrevida)

Tanto fazia se o sol nascesse ou não...

Então, diga-se de antemão

nunca percebera uma margarida,

posto que uma ,nunca revebera.

De qualquer maneira

para ela a margarida não era linda.

Mas a margarida era linda...

E o rapagão,

belo, alto e sagaz

que dirigia

o canhão,

não dirigia a própria vida.

(Os senhores da guerra a dirigiam)

Era soldado de profissão.

Não via beleza na margarida.

Mas via muito sangue pelo chão...

Mas ainda assim, a margarida era linda

E o poeta

que via beleza em qualquer parte,

mesmo em meio aos disparates

desta vida mal renhida,

via gosto em escrever sobre o tema proposto,

( A margarida)

... Para ele, a margarida foi

é

e sempre será linda.

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... e ainda canta o canário.

... E segue a vida

Seguimos com ela

No pão nosso de cada dia

Nas batalhas do dia a dia

na poesia minha

sua

de cada dia...

E o tempo vai bordando em nós

Aperfeiçoando os pontos

desfazendo os nós,

misturando cores,

matizando amores...

Uma bela toalha

para tornar mais belo

o cenário...

...E ainda canta o canário.

Para nos emprestar versos

nesse arrebol

desse início

de semana.

Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 05/07/2017
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