A Margarida
Tão linda
a margarida...
Mas a D. Margarida
não achava muita graça na vida,
visto que o amor nunca lhe dera guarida,
( Solteirona, a rapariga)
então não concordava
com o simples fato
de que a margarida era linda.
Mas a margarida era linda...
A moça
Displicente à vida
não usava saias compridas,
(era atrevida)
Tanto fazia se o sol nascesse ou não...
Então, diga-se de antemão
nunca percebera uma margarida,
posto que uma ,nunca revebera.
De qualquer maneira
para ela a margarida não era linda.
Mas a margarida era linda...
E o rapagão,
belo, alto e sagaz
que dirigia
o canhão,
não dirigia a própria vida.
(Os senhores da guerra a dirigiam)
Era soldado de profissão.
Não via beleza na margarida.
Mas via muito sangue pelo chão...
Mas ainda assim, a margarida era linda
E o poeta
que via beleza em qualquer parte,
mesmo em meio aos disparates
desta vida mal renhida,
via gosto em escrever sobre o tema proposto,
( A margarida)
... Para ele, a margarida foi
é
e sempre será linda.
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... e ainda canta o canário.
... E segue a vida
Seguimos com ela
No pão nosso de cada dia
Nas batalhas do dia a dia
na poesia minha
sua
de cada dia...
E o tempo vai bordando em nós
Aperfeiçoando os pontos
desfazendo os nós,
misturando cores,
matizando amores...
Uma bela toalha
para tornar mais belo
o cenário...
...E ainda canta o canário.
Para nos emprestar versos
nesse arrebol
desse início
de semana.