A coruja pia
Me arrepia a pele
a alma repele
o que a consciência
desconhece!
E a coruja pia
E a lua brilha
que nem olhos de filha
ante ao moço de lábios grossos
Ínfimo sinal inocente,
da paixão futura
Indecente
Rompe-se na moça
a casta candura...
E a coruja
no galho se sabugueiro
pia...
E eu escrevo versos
meio desconexos
para sobreviver
de poesia.