A coruja pia
Me arrepia a pele
a alma repele
o que a consciência
desconhece!

E a coruja pia
E a lua brilha
que nem olhos de filha
ante ao moço de lábios grossos
Ínfimo sinal inocente,
da paixão futura
Indecente 
Rompe-se na moça
a casta candura...

E a coruja
no galho se sabugueiro
pia...
E eu escrevo versos
meio desconexos
para sobreviver
de poesia.


Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 10/12/2016
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