Bird Alone
(Samuel da Mata)
 
Ele aprendeu a ser só, a voar sozinho,
Sem sustentar sonhos, nem cuidar de ninhos.
Sem se preocupar com a tarde, que cedo escurece,
Com os discursos da hipocrisia e os interesses das preces
 
Voar alheio a tudo, talvez até de si mesmo,
Descobrindo a paz de se viver ao ermo.
Para muitos ele é louco, pra outros um desiludido,
Mas ninguém conhece a dor da qual foi ferido.
 
Busca hoje nas alturas, no vazio da imensidão,
A segurança do Sol certo, sem mentiras ou ilusão.
Só lá no alto encontra a paz que sua alma reclama
 
Este eremita das nuvens nem mesmo a saudade leva
Vê nos borbulhos da terra, pouca luz e muita treva.
Sua solidão entorpece o jorro da falsidade humana
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 15/09/2016
Reeditado em 09/01/2017
Código do texto: T5761507
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