Termina a noite, manhã bem vinda, o vento sopra, as árvores vergam,  começa o dia, a noite se finda, os coqueiros inclina, no asfalto o brilho, tudo molhado, fina neblina.
 
Belo! Exclama o velho olhando pro céu, com o jornal dobrado, leva na mão, O sol saindo, começa o dia, a chuva cessou, gente andando, sombrinha fechada assim determina.

Com passos largos, caminha.
Lá vai estudar a menina,
Sapatos preto de meias brancas, cadernos em mãos, algumas matérias, matemática, disciplina.
 
Uma ambulância, sirene aberta, é risco de vida, ouviram-se tiros, chacina, é caso de morte, ainda respira um moço cansado em cuidados assiste medicina.
 
Agora o sol se escondeu, o jornal dobrado o velho já leu, as sombrinhas abertas, a chuva voltou a menina ás aulas á tempo chegou, ligeira correu.
Na ambulância sorte, o moço livrou-se da morte, doutor socorreu. 
 
A felicidade voltou, um temporal de amor desabou, a tarde caiu, a noite veio, na capela a senhorinha em prece rezou, no jornal os fatos registrados ficou. Esta data neste calendário ficará no passado, mas nas mãos do poeta tudo ficará eternizado.

Antonio Herrero Portilho/04/9/2016

 
Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 04/09/2016
Reeditado em 11/09/2016
Código do texto: T5750541
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