RECANTOS DO CORPO

Feito uma nau sem rumo,

Seguimos sem direção.

Tudo parece tão longe,

Perde o sentido, a emoção.

Sucumbe os sonhos vindos,

Só saudade, se foi a ilusão.

Lá detrás do horizonte,

Talvez haja a liberdade,

Pode o vento soprar,

Das velas, resta a metade,

Segue aos trancos a nau pesada,

Nas almas a insanidade.

Em crepusculo anoitece,

Nas sombras o pavor se esconde.

Do corpo a alma aparece.

Imerso na escuridão,

Perde o sentido de escolha,

Inseguro labirinto, o coração.

Rio, 09 de Junho de 2007.

Feitosa dos Santos, A.