MARCHA DOS PINHAIS
(Samuel da Mata)
Brotam em verde-oliva os rebentos de pinhais
Nascem já competindo por água, sol e sais
Entre uma fileira e a outra, há raízes reviradas
Murchas, secas e mortas, do chão arrancadas
Oh quão míseros pinhais, só olham para cima
Nem mesmo aos seus lados observam suas sinas
Tristes troncos que tombam sem ver as suas flores
Sem galhos, sem frutos e sem ninhos de amores
A moto-serra alí canta uma música assombrosa
Seus ouvidos eles tampam, não é neles a tosa
Só de seus próprios egos, se primam a ver dores
A fornalha os aguarda em um filme de horrores
As entranhas expostas são também de pinhais
Mas em nada se importam com os que ficam pra trás
Nas fileiras da morte, marcham tão indiferentes
Parece até que pinheiros são só sombras de gente
(Samuel da Mata)
Brotam em verde-oliva os rebentos de pinhais
Nascem já competindo por água, sol e sais
Entre uma fileira e a outra, há raízes reviradas
Murchas, secas e mortas, do chão arrancadas
Oh quão míseros pinhais, só olham para cima
Nem mesmo aos seus lados observam suas sinas
Tristes troncos que tombam sem ver as suas flores
Sem galhos, sem frutos e sem ninhos de amores
A moto-serra alí canta uma música assombrosa
Seus ouvidos eles tampam, não é neles a tosa
Só de seus próprios egos, se primam a ver dores
A fornalha os aguarda em um filme de horrores
As entranhas expostas são também de pinhais
Mas em nada se importam com os que ficam pra trás
Nas fileiras da morte, marcham tão indiferentes
Parece até que pinheiros são só sombras de gente