SESSENTA
(Samuel da Mata)
Depois dos cinquenta e nove, sessenta
Sobre nada mais discursa, só contempla
A vida passa na janela, como que de trem
Nenhuma rota segue, só trilhos de desdém
Depois dos cinquenta e nove, sessenta
Já nenhum passo ousado imagina ou tenta
E plácido aprende que amigo é o seu cajado
Não censura, não resmunga e não lhe põe de lado
Depois dos cinquenta e nove, sessenta
Falseando sonhos, finais felizes inventa
Pois quando lúcido percorre as voltas da jornada
Mui triste então percebe que caminhou por nada
Depois dos cinquenta e nove, sessenta
Do olhar altivo, já nada mais ostenta
Funesta é a euforia, quando é finda a festa
A paz da amnésia é tudo que lhe resta
(Samuel da Mata)
Depois dos cinquenta e nove, sessenta
Sobre nada mais discursa, só contempla
A vida passa na janela, como que de trem
Nenhuma rota segue, só trilhos de desdém
Depois dos cinquenta e nove, sessenta
Já nenhum passo ousado imagina ou tenta
E plácido aprende que amigo é o seu cajado
Não censura, não resmunga e não lhe põe de lado
Depois dos cinquenta e nove, sessenta
Falseando sonhos, finais felizes inventa
Pois quando lúcido percorre as voltas da jornada
Mui triste então percebe que caminhou por nada
Depois dos cinquenta e nove, sessenta
Do olhar altivo, já nada mais ostenta
Funesta é a euforia, quando é finda a festa
A paz da amnésia é tudo que lhe resta