DOR DO OUTONO
(Samuel da Mata)


O outono chega, vão-se as folhas, róseas ou amarelas
Uma melancolia profunda invade a alma da floresta
A luz entre troncos desnudos, expõe-lhe as mazelas
Glamour vazio, efêmeras folhas, nada mais lhe resta

Murcham, desapegam e caem, entregam-se ao vento
Pouco importa a sorte da árvore que lhes deu provento
Sucumbem só da expectativa de ter que enfrentar o frio
Sugaram o que puderam, mas seus cernes são vazios

Prefira os galhos às folhas, oh árvore sofrida
Estes não te abandonam quando lhe é dura a vida
No separar da foice, choram seivas de verdade
E no arder do fogo, gritos sinceros de saudade
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 14/09/2014
Reeditado em 14/05/2020
Código do texto: T4961973
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