SOLO SERTANEJO

Uma casa pequenina/

Rodeada de natureza/

Lá nas planícies dos campos/

Que enche os olhos quando vemos/

De felicidade repleta/

Quando ocupada de seus habitantes.

Movimentando pelos pequenos espaços/

Gente: irmãos membros desta família/

Sertanistas/

Para o consumo humano/

Plantadores de alimentos.

No ceio deste casebre/

Vidas latentes, amor correspondente/

Filhos e filhas, pai e mãe/

Homens com braços fortes/

Próprio para o trabalho constante.

Sol, lua estrelas brilhando/

Cenário de um espetáculo divino/

A relva, o chão forrado.

O cheiro da umidade/

Do solo molhado belas flores/

As margens dos descampados.

São cores que saltam os olhos/

Tão perto de nossas vidas/

Os pássaros gorjeiam/

Contemplando a natureza/

O claro da aurora flamejante

Vindo desponta/

Para luta diária/

Desperta um corpo cansado/

Labutando todos os instantes/

Nas lavouras e nos roçados.

A terra removida/

Fofa para plantio/

As valas enormes

Esperam pelas sementes/

São os sulcos rasgados/

Como feridas abertas em sangue/

Esperando a germinar estes grãos/

Soterrados/

Aguardando as chuvas/

Que virá a deixar este chão/

Como um charco, todo molhado.

Quando o sol vai se escondendo/

É hora de renderem-se as lutas/

Dar por vencido.

Abatido pelo cansaço/

Retorna a casa o sertanejo/

Exaustivo, pele queimada/

Músculos doloridos/

De horas de trabalhos incessantes.

(antônio herrero portilho)

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 01/08/2014
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