FESTA DEPOIS DOS 100
(Samuel da Mata)
Ela enfeita a casa todinha
Compra pizza, balões e velinhas
E se põe a festejar
Nem ela sabe o que canta
Vem sempre um nó na garganta
E logo ela põe-se a chorar
A sós com Deus comemora
Há muito, filhos, netos e noras
Não querem com ela falar
Setenta e três faz de fato
Os cem, ela acrescenta por hábito
Pra sua dor expressar
Há muito está sem marido,
Sem netos, sem amigos e sem filhos
Sem um telefone a tocar
Já faz 100 desde os cinqüenta
Suas festas são em roxo e magenta
Dor e tristeza sem par
Sem vida, sem sonhos, sem carinho
Sua festa é um escárnio ao ninho
Que um dia em amor quis montar
(Samuel da Mata)
Ela enfeita a casa todinha
Compra pizza, balões e velinhas
E se põe a festejar
Nem ela sabe o que canta
Vem sempre um nó na garganta
E logo ela põe-se a chorar
A sós com Deus comemora
Há muito, filhos, netos e noras
Não querem com ela falar
Setenta e três faz de fato
Os cem, ela acrescenta por hábito
Pra sua dor expressar
Há muito está sem marido,
Sem netos, sem amigos e sem filhos
Sem um telefone a tocar
Já faz 100 desde os cinqüenta
Suas festas são em roxo e magenta
Dor e tristeza sem par
Sem vida, sem sonhos, sem carinho
Sua festa é um escárnio ao ninho
Que um dia em amor quis montar