Morte...
Tenho muito medo que a morte chegue esta noite
Como um raio um trovão um açoite;
Ela chega silenciosa e traiçoeira
Chega de mansinho e sem esperar nos dá uma rasteira;
É a irmã mais nova da vida
Porém anda enrugada feia velha e encolhida;
Dá-me meu Deus uma morte tranquila em meu leito
Que ela venha de mansinho, sem dor eu aceito;
Pois se o avesso da vida é a morte
Eu prefiro viver, com a minha sina, a minha sorte
Ela vem toda encapuzada, com seu cutelo na mão, geralmente seu golpe é fatal;
Aplicado nas veias feito um veneno letal;
Não há homem nenhum no mundo, que tenha vencido a morte;
Só Jesus por nosso Pai teve esta sorte;
Talvez ela não seja tão ruim assim, apenas um ritual uma passagem
Que vem nos buscar, num cavalo branco, numa carruagem
Ela é filha de Deus, tendo como mãe, a natureza
Às vezes nos prega uma peça na vida, uma grande surpresa
Entra em nossa vida, sem ser convidada
Esta hora é triste e inesperada;
Ela tem dia e hora certa para chegar,
Pode ser, em qualquer espaço, em qualquer lugar.