DEIXA
(Samuel da Mata)

Deixa passar as águas, não as represe;
Águas paradas azedam


Deixa que o pássaro voe, não o detenha;
Sua prole aguarda o seu retorno

Deixa que as lágrimas vertam, não as contenha;
A alma também precisa excretar

Deixa que a dores se apaguem, não as reviva;
Basta a cada dia o seu mal

Deixa que os filhos partam, não os impeça;
Seus sonhos buscam a realização

Deixa que a vida escoe, não lamente;
Muitos nem chegaram a conhecê-la

 
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 12/12/2013
Reeditado em 06/09/2015
Código do texto: T4609532
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