OLHOS VENDADOS
(Samuel da Mata)


Vendo os meus olhos para que a noite passe
Mergulho nas águas aonde a razão não chega
Levo a minha alma onde as estrelas nascem
Só o cantar do grilo a minha dor festeja

Esqueço o relógio que me rouba o alento
Embriago a alma pra esquecer o tempo
Busco da madrugada, o suspirar da aurora
Que a noite termine, eu não vejo a hora

Olhos fechados, a vida em trevas se esvazia
Sob o desfilar irreverente e cruel da monotonia
Que zombeteira e sarcástica mostra as partes
Sem se importar o quanto gera dor ou arde

Quantas horas duram as noites sombrias
Quando em desencantos o amor esfria?
Cresce o abandono, morre a fantasia
Em mágoa e tristeza se arrastam os dias

 
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 29/11/2013
Reeditado em 06/09/2015
Código do texto: T4592265
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