LAMPEJOS DE VIDA
(Samuel da Mata)
Tenho medo,
Não da dor, a esta sempre suportei resignado
Não da velhice, ela é para poucos privilegiados
Não da deformidade, nunca pousei de manequim
Não dá solidão, há muito aprendi a andar sozinho
Não da debilidade, ela ensina-nos o que de fato somos
Não da morte, minha vida em Deus tem o seu dono
Temo muito,
Deixar de ser quem sou por vis lampejos
Partir antes da hora por de alguém desejo
Ao nojo que sempre sucede aos interesses
De que a fé que me sustenta, eu a perdesse
As companhias que são mantidas a contragosto
Ser aos que amo, um peso e os seus desgostos
Admito,
Respeito o abutre que da carne podre come a carcaça
Mas enoja-me o carcará que a carne viva estraçalha
Prefiro despacho abrupto a estancar rios de sonhos
Que a partida lenta regada em gotas de desenganos
(Samuel da Mata)
Tenho medo,
Não da dor, a esta sempre suportei resignado
Não da velhice, ela é para poucos privilegiados
Não da deformidade, nunca pousei de manequim
Não dá solidão, há muito aprendi a andar sozinho
Não da debilidade, ela ensina-nos o que de fato somos
Não da morte, minha vida em Deus tem o seu dono
Temo muito,
Deixar de ser quem sou por vis lampejos
Partir antes da hora por de alguém desejo
Ao nojo que sempre sucede aos interesses
De que a fé que me sustenta, eu a perdesse
As companhias que são mantidas a contragosto
Ser aos que amo, um peso e os seus desgostos
Admito,
Respeito o abutre que da carne podre come a carcaça
Mas enoja-me o carcará que a carne viva estraçalha
Prefiro despacho abrupto a estancar rios de sonhos
Que a partida lenta regada em gotas de desenganos