BRISA DA TARDE
(Samuel da Mata)

Que me venham os netos
Com suas doces inocências, seus sorrisos puros e regados de afeto

Que me venham as crianças
Atenção desmedida e sem hora, sem mendigos do tempo e partição de momentos

Que me venham os sonhos
Esperança numa nova gênese, que dê cor e brilho a meus olhos tristonhos

Que me volte a poesia
Na alegria do amor mais sincero, que brota nos beijos de quem as rugas não observa

Que me volte as palavras
Pra quem ainda de ouvir-me não cansa e que dorme em meus braços em canção de ninar

Que eu ouça o choro
De quem não quer que eu parta, nem o espaço do quarto e que de fato lamentará minha falta
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 30/10/2013
Reeditado em 01/08/2018
Código do texto: T4548457
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