O DESACORÇOAR
(Samuel da Mata)

Uma hora chega, em que o dia finda
A tarde sucumbe, o labor termina
Sobre o olhar do dia, o crepúsculo desce

O respirar profundo, já não busca alento
Já não traça metas, já não conta o tempo
Vai-se aos cobertores, já não há mais prece

Nada mais na vida, desperta um sorriso
Não importa o teto ou se é limpo o piso
Nem se um filho casa ou se o neto cresce

É triste a penumbra do calar do canto
Da desesperança, o esticar do manto
Frente ao fim da linha, a vida emudece
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 28/10/2013
Reeditado em 07/09/2015
Código do texto: T4545351
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