PRANTO SECO
(Samuel da Mata)
Um silêncio profundo cerca o corpo inerte
São parentes e amigos que se pode avisar
Os olhares se cruzam e se esquivam em flerte
O remorso e a tristeza estão a si cortejar
No amargo silêncio alguém arrisca um discurso
Louva e exalta as virtudes do que agora findou
É um pastor, um vigário ou um político intruso
Do remorso a mordaça, aos amigos calou
O ditame da presença traz à tona a culpa
De quem a tantos convites rejeitou ou não fez
Por cansaço, preguiça, mão importa a desculpa
Já é tarde demais, foi-se a bola da vez
Copiosas promessas no seu âmago ecoam
De aos que ainda lhe resta, ser agora leal
Mas passado o velório, no labor se escoam
Até um novo chamado pra mais um funeral
(Samuel da Mata)
Um silêncio profundo cerca o corpo inerte
São parentes e amigos que se pode avisar
Os olhares se cruzam e se esquivam em flerte
O remorso e a tristeza estão a si cortejar
No amargo silêncio alguém arrisca um discurso
Louva e exalta as virtudes do que agora findou
É um pastor, um vigário ou um político intruso
Do remorso a mordaça, aos amigos calou
O ditame da presença traz à tona a culpa
De quem a tantos convites rejeitou ou não fez
Por cansaço, preguiça, mão importa a desculpa
Já é tarde demais, foi-se a bola da vez
Copiosas promessas no seu âmago ecoam
De aos que ainda lhe resta, ser agora leal
Mas passado o velório, no labor se escoam
Até um novo chamado pra mais um funeral