AMANHECER EM MINAS GERAIS
A manhã se espraia
Sem pressa, em silêncio,
Pelos cimos das montanhas
Muito distantes do mar.
Nas folhagens a lembrança da noite,
Na grama dos pastos, a perderem-se de vista,
A umidade é perigosa armadilha
Para pés urbanos desavisados.
Nada acontece como na cidade:
Um pica-pau, a furar o gigantesco jatobá,
Em busca de alimento, gritando de contente,
Enquanto as suas duras e belas sementes,
Ao chão derrubadas, em preciosa obra de arte,
Misturam-se às folhas caídas, cumprindo o ciclo da vida. . .
- por José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador, no amanhecer de domingo em Pains-MG, dia 18/08/2013 -