A Rosa de Hiroshima
(Hecatombe ao Romantismo)
 
Colher rosas desfrutando e saber oferta-las
Sem temer os espinhos que nos fazem chorar
É sorrir o sabor alcoviteiro visgo do acasalar.
 
Réstia das sombras galhas das árvores alheias
Mal amadas não enxergam absorver tal aroma
Dissimulado “humano” ser igual a nós próprios.
 
Como nos é aconchegante ao jardim coração
Tributo colorido ao recôndito amor escolhido
Nas mais lindas e puras atitudes a proliferar
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Rosas exalam pureza ingênua a conviver
Mudas, não falam... Será? As Rosas...
Contaminam a existência eu em cada ser.
 
Ao deitar tristes sonhos me faz pensar
Não devo chorar... Será? As lágrimas...
Sorvidas como o orvalho que as regam.
 
Sabia harmonia do viver entre espinhos
Fiel escudeiro... Será? Contínuo disseminar
Amor inocente da essência aos incautos.
 
Tributo ao amar arco íris do meu coração
Simbiose das pétalas... Será? Ao desabrochar
Cúmplice ao convívio do “racional humano”.
 
Julio Sergio
Recife-PE.
(25.09.12)