Lembro-me

Lembro a adolescência
Sob a luz da lamparina
Que com brandura aquecia
A minha face de menina

Lá fora, densa escuridão
No meu quarto o silêncio
Na mente a inquietação
Mas sempre alçava vôo
Nas asas da imaginação

O meu quarto virava festa
A magia a contagiar
Um salão real e sua realeza
Mandava embora a tristeza
E eu passava a reinar
Virava a princesa
E com o príncipe ia dançar


Frutos da imaginação
De estórias encantadas
Contadas todos ao chão
Pais vizinhos e a criançada

Todos debulhando feijão
Saudades da quele tempo
De alegria e contentamento
Áureo berço do meu sertão

Kainha Brito



Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 25/08/2012
Reeditado em 23/03/2016
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