Areias do Tempo
Sobre lembranças e saudades, a mente devaneia no vórtice do tempo. Escorre na face...
Marca sulcos profundos...
Erosão... Constante, progressiva!
Palmeiras balançam ao vento em outro tempo...
Outro lugar!
Faz sorrir...
Faz chorar!
Me trava nas imagens de outrora...
Sentimentos nostálgicos de então!
Brinco com a vida...
Jogamos mutuamente em um mundo de inconsequências infantis.
Sem medos,
Sem arrependimentos,
Sem pensar em perigos!
Foi-se o tempo...
Foi-se...
Que pena!
Agora os dias passam mais depressa...
Rápidos vão-se os anos!
A areia escorre na ampulheta da vida!
Mais da metade dela desceu em direção ao esquecimento!
O sono profundo se aproxima!
Descanso eterno das lembranças nos últimos grãos de areia!
Modernas experiências formam novas imagens de esperança.
No torpor da consciência sobreviverá nossa memória...
Nossa existência!
Os desejos, em curtos lampejos de imagens de dias idos.
Dos corpos moídos nas mós de longos dias ancestrais...
Devagar, sem pressa, na agonia da espera, no descer das pálpebras cansadas...
No silenciar de um coração!
A vida foi-se...
Foi-se...
Que pena!
De Luiz Falcão em 02 de março de 2012
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