DENTRE A NATUREZA E A LIBERDADE

Seixos, que no rio, fazem lindos

empedrados, formam pequenas

ondas, na superfície das águas,

junto às margens, que as delimitam.

No corrupio, de sua dança líquida,

há um ziguezaguear, deveras plácido,

junto à orla, do pequeno rio,

viçando aí, belas flores silvestres.

Ladeado por árvores frondosas,

que tocam levemente, o azul dos céus,

suas raízes são como longos

braços, que, no chão, se perdem.

E no cimo de suas copas, por galhos,

escolhendo seu poiso, pássaros

vários, entoam belíssimas sinfonias,

ecoando por entre frestas e arbustos.

Entrelaçado na ramificação profusa

da mata, há um pequeno barco

esquecido, corroído pelas agruras

do tempo, e pela vastidão de um bosque

cerrado. Mais ao fundo, junto a uma

rocha primitiva, o que resta de

uma casa abandonada, ainda emite

sons, parecidos com risos de crianças.

E há uma liberdade que emociona,

a quem repara este pedaço de terra e

de água, na rudeza mais pura,

da prestativa natureza, a se mostrar.

Jorge Humberto

08/09/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 08/09/2011
Código do texto: T3207911
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.