ANUNCIANDO CHUVA
A noite vai fria lá fora,
onde todos os gatos são pardos,
e o rumorejar das folhas,
na silhueta dos muros,
caiados de branco, zurze
no silêncio dúctil,
acordando as horas, mais tardias.
Enquanto a lua, lá do alto,
espelha de prata, o volumoso rio,
e pequenas ondas se levantam,
à passagem mais acentuada,
da nortada de um vento,
que gela as orlas, dissimuladas,
pela acumulação da lama.
Se olharmos distraídos, para o céu,
vemos que as nuvens
estão prenhes de água, que
desembocará em chuva, assim
a madrugada vá firmando suas raízes,
na copa dos pinheiros, e
o vento, aumente de intensidade.
Jorge Humberto
01/02/11