As Flores do Flamboyant

O flamboyant, com sua copa florida,

debruçava sua sombra no terreiro,

e um sabiá trinava, cheio de vida,

trazendo um prenúncio alvissareiro.

Debruçada na janela, uma menina

admirava a cena, e suspirava,

encantada com a melodia fina

que o sabiá pelos céus lançava.

Num galho que debruçou, pleno de flores,

pousou uma borboleta colorida,

e uma moça suspirou por seus amores

numa ânsia lânguida e sentida.

Uma mulher que vinha pela estrada

sobre a qual o flamboyant se debruçava,

olhando para aquela bela florada

suspirou por aquele a quem amava.

E quando foi ao chão toda a florada,

carregada pelos ventos do outono,

uma velha, nos anos debruçada,

suspirou, entregue ao abandono...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 25/09/2010
Reeditado em 26/05/2016
Código do texto: T2520085
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