Tarde

Hoje acordei na manhã que já era tarde

Tarde não de Horas. De Tarde!

Vivi algumas horas sem saber bem ao certo

O porquê de tudo aquilo.

"Aquilo" foi tão estranho para mim,

Mesmo eu que caminho pelo vale da solidão.

Afinal, meu Deus, o que está havendo?

O dia agoniza e ninguém quer ajudá-lo!

Pensei se podia contar o que sinto para as pessoas

Mas tenho certeza, ninguém reparou no Dia...

Agora é tarde,

Não tarde de Horas. De Tarde!

Relampeja, chuvisca, estertora o dia; Que Dia!

Não compreendo essa Tarde que tão cedo é noite...

O Céu escurece. Brilha. Grita.

Mas passa tão despercebido o sofrimento do Dia...

Me assusto!

Não pelo Dia. Pelo Descaso!

As gotas predestinaram essas letras

Cada curva dessa grafia é um exorcismo

Regado pelas águas de Tarde

Não pela Tarde. Mas DA Tarde!

Benditas letras...

Maldito poeta...

Leon Coimbra
Enviado por Leon Coimbra em 16/09/2010
Código do texto: T2502076
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