Do sentido
Andei buscando o sentido de te encontrar.
Percebi que te amo ainda e este não vai se acabar.
Percebi também que no auge desse olhar um novo olhar...
Não era um novo amor, era apenas um novo encontro.
Me sinto, sinto agora que meu amor também sente o que sentia eu outrora... dor...
O desespero toma conta do meu ser e o que pode e não pode ser...
É como o que nos une, estivesse sendo sufocado por um "fim". Como o "fim" quisesse mostrar que pode.
Ele sem ar de lá e eu sem ar daqui...
Você me busca na busca, nos meus gritos...
Só percebo que é impossível te abraçar o peito, mas sem jeito é fácil de lacrimejar com os desejos... é fácil enlouquecer pensamentos...
É normal e exagerado acontecer arrependimentos...
E por fim achamos sem jeito essas coisas que causam efeitos...
Eu sinto... o coração transborda em lágrimas, a mente deseja morrer...
Você sente... pensamentos que levam promessas e forças para viver...
Eu te quero, tu me quer do teu lado.
Do sentido de não encontrar razões, vão embora tempos, amores, amigos, corações.
Vão riscando palavras, gestos, sons e expressões.
Vem sufocando, aprisionando o que eu chamo de menção... imensidão...
Feito para Cleber meu primeiro grande amor, que estava na Bahia enquanto eu no Rio de Janeiro, percebia que estávamos nos perdendo.
Nana Marx
Rio, 29 de Setembro de 1998