AO MAR

Entre o marulhar das ondas

cavalos de espuma

desaguam à beira mar

trazendo o canto insólito dos búzios.

Meus olhos fitam a horizonte

o azul do oceano a compor

belas melodias e os portos

onde vai amainar seu alimento.

Meu pobre mar reveza-te

o sonho azul e grandioso e

ficam-te os corais destruídos pela mão

do homem que não te respeita.

Mas quando o sonho é grande

tudo se consegue

e galgos vão por cima das ondas

a todo o galope até à beira praia.

As dunas estão assoreadas

é preciso o enfoque da palavra

aqui para que a areia seja

reposta como o bem-querer.

Navegam por ti pontos negros

de navios e tu vais levá-los

a bom porto na ida e na volta

vindos de lá detrás do horizonte.

As gaivotas alimentam-se de

teu peixe graúdo ou miúdo

e é emocionante a cena ao

entardecer de tudo que tem fim.

Oh, mar, da minha infância

quem assim te quer mal

serão a tua força para continuares

no teu fluxo e refluxo.

Jorge Humberto

05/06/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 06/06/2010
Código do texto: T2303297
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.