Hoje

Hoje

Hoje sabemos de tudo

Hoje o mundo é nosso

Hoje não olhamos olho no olho

Hoje é o que temos nas mãos

Eu nunca pensei que viveria demais

E me causava terror e agonia

Eu nunca pensei que me casaria

E que teria filhos, eu sempre soube,

Que as horas não seriam compreensivas comigo

Eu sempre tive medo

Por sempre saber o que acontece

Eu sempre sei o final antes de terminar o capítulo

E num sonho subliminar, cheio de códigos inúteis,

Eu tive a sensação que viveria pouco.

Pouco na expectativa humano do que é viver muito

Os cabelos brancos, o dobro do nariz, os braços fracos,

Pela canseira acumulada pelos anos em que o descanso

Não me foi permitido.

Hoje não me importa alto afirmação

Se me vendo, se me compro, se me comem ou se me como.

Hoje não me interessa falsa modéstia

Criticas ás vezes são mais sensatas que elogios

Hoje sou vendável, sempre quis ser rentável.

E ninguém tem nada haver com isso.

Diana Sad
Enviado por Diana Sad em 18/06/2008
Reeditado em 21/06/2008
Código do texto: T1039976
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