POEMA ABSTRATO...

POEMA ABSTRATO...

Tantas belas que se transformam em feras

Espalhando a maldade e o desamor

Destruindo tantos sonhos de quimeras

Transformando a alegria em grande dor

Em protesto aqui vai meu repúdio

E assim inicio o meu prelúdio

Na estréia de poeta e cantador

Na esperança que me aceitem essas belas

Ou as feras devorem-me com furor

Prevenindo-me, evito as seqüelas

Descuidando-me amargo o dissabor

Nessa incógnita eu sigo minha estrada

Passo a passo na vaga caminhada

Sem saber ao menos aonde ir

Não procuro ninguém pra me ajudar

Na incerteza eu penso em parar

Mas na dúvida eu prefiro prosseguir

Caminhando me sinto inseguro

Solidão acompanha-me nesse escuro

E vagando assim atordoado

Sem ter planos que assegure meu futuro

Eu transito assim por esse apuro

Sem ter máculas que manchem meu passado

E assim continuo a caminhar

Vagamente eu passo a delirar

Entre o pôr-do-sol e a madrugada

E na noite sombria faço escudo

Na procura implacável pelo tudo

É possível que não encontre nada

E assim termino meu relato

Intitulo de poema abstrato

Esses versos que acabo de fazer

Se o leitor não entender, peço perdão

O escrito está sem definição

Nem eu mesmo consigo descrever.

Autor: Carlos Alberto de Oliveira Aires

Carpina–PE, 10/05/2008

Contatos: euaires1@hotmail.com

(081) 3622-0948

Carlos Aires
Enviado por Carlos Aires em 12/05/2008
Reeditado em 13/09/2009
Código do texto: T986134
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.