POEMA ABSTRATO...
POEMA ABSTRATO...
Tantas belas que se transformam em feras
Espalhando a maldade e o desamor
Destruindo tantos sonhos de quimeras
Transformando a alegria em grande dor
Em protesto aqui vai meu repúdio
E assim inicio o meu prelúdio
Na estréia de poeta e cantador
Na esperança que me aceitem essas belas
Ou as feras devorem-me com furor
Prevenindo-me, evito as seqüelas
Descuidando-me amargo o dissabor
Nessa incógnita eu sigo minha estrada
Passo a passo na vaga caminhada
Sem saber ao menos aonde ir
Não procuro ninguém pra me ajudar
Na incerteza eu penso em parar
Mas na dúvida eu prefiro prosseguir
Caminhando me sinto inseguro
Solidão acompanha-me nesse escuro
E vagando assim atordoado
Sem ter planos que assegure meu futuro
Eu transito assim por esse apuro
Sem ter máculas que manchem meu passado
E assim continuo a caminhar
Vagamente eu passo a delirar
Entre o pôr-do-sol e a madrugada
E na noite sombria faço escudo
Na procura implacável pelo tudo
É possível que não encontre nada
E assim termino meu relato
Intitulo de poema abstrato
Esses versos que acabo de fazer
Se o leitor não entender, peço perdão
O escrito está sem definição
Nem eu mesmo consigo descrever.
Autor: Carlos Alberto de Oliveira Aires
Carpina–PE, 10/05/2008
Contatos: euaires1@hotmail.com
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