Pegadas na areia

Eu apenas sou

Quando não estou

Pensando no que sou,

E é assim mesmo sem saber

Quem e o quê somos

É que nos vai levando...

Tantas coisas inventadas

Historinhas dos tempos da vovó

O lobo o chapeuzinho

E o cordeiro

Todos de uma matéria só

Enquanto ele vai passando

Essas coisas nos deslumbram

E não pensamos nisso

Por isso somos

Mas não somos

Se pensarmos se somos

É como o amanhã

Coisa que não existe

É como o agora

Que acabou de deixar de ser

Faz parte de outra categoria

Daquelas que está numa parte

De nosso ser

Eu nunca penso

Eu gosto de ser

Pensar é está doente dos olhos

Disse algumas Pessoas

Pensar é deixar de ser

Tem gente que é sempre

Tem gente que nunca é

Tem gente querendo ser a gente

Tem gente que é e não é

Ser é sonhar

Sonhar é não pensar

Amar é ser integralmente

O amor

Não exigir o cérebro pensante

O amor

Liberta abrindo os olhos

E para tudo que se

Olha ver-se sempre

Coisa muito mais bela que diamante...

Para ser sempre

Sonhar sempre...

Quem vive a realidade

Nunca é de verdade

Que não sabe inventar um dia

Está passado

No passado

Morto é

E não sabe

Está sempre caindo

No futuro

Que ao chega

Em sepulto se abre...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 07/05/2008
Código do texto: T979682
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